Serviços continuam atrás dos demais segmentos e têm queda de 4% em março…
O volume de serviços caiu 4% em março comparado a fevereiro, queda maior do que a expectativa do mercado (-3,2%). O resultado negativo pode ser explicado pelo aumento das medidas de distanciamento social.
Além do setor de serviços, a indústria (-2,4%) e o varejo (-0,6%) também apresentaram queda no mês de março. O setor de serviços continua a ser o mais afetado pela pandemia. Caindo mais em meses de maior restrição de mobilidade e tendo uma recuperação mais lenta posteriormente.

Em relação a março de 2020, houve uma alta de 4,5%. Lembre-se, contudo, que a base de comparação é bastante deprimida, pois março de 2020 foi o primeiro mês de quarentena. Em 2020, o volume de serviços encolheu 7,2%, com uma forte queda no segundo trimestre e uma lenta recuperação no segundo semestre. No acumulado de 12 meses até março, os serviços registraram queda de 8%.
O item serviços prestados às famílias (27%) foi o que mais caiu e acumula queda de 39,8% nos últimos 12 meses, sendo um dos setores mais afetados pela pandemia.

Apenas quando a pandemia for colocada sob razoável controle será possível o funcionamento pleno do setor. Até lá, a recuperação será lenta e com novas quedas em função da pandemia. O condicionante principal para a recuperação do setor, como de resto para o conjunto da economia, continua sendo a vacina.
Inflação nos Estados Unidos acelera e pode aumentar pressão no Real…
O CPI (Consumer Price Index) de abril nos Estados Unidos saiu bem acima das expectativas (0.8% contra 0.20% esperado pelo mercado), confirmando os riscos de uma aceleração inflacionária, conforme indicado pela GO Associados. No acumulado de 12 meses (4,2%) o CPI é o dobro da meta do Fed (2%).
As pressões inflacionárias vão muito além da recuperação dos preços da energia: o núcleo da inflação encontra-se em 3%, 1 p.p. acima da meta. As pressões muito acima do esperado pelo Fed podem provocar uma antecipação da retirada dos estímulos fiscais nos EUA.
